sexta-feira, 30 de novembro de 2012

2 meses!

Difícil acreditar que já faz dois meses que nos casamos! Por pouco não esqueci de comemorar a data! 

Estou super em débito com as minhas poucas e fiéis leitoras... Ainda não consegui concluir a série de posts da lua-de-mel e nem comecei ainda a falar do casamento! Ainda vou postar aqui fotos e passo-a-passo das coisinhas que fiz: o convite, o leque-programa da cerimônia, o kit lavabo, a pintura dos vidros, o quadro com a árvore de digitais e tantos outros detalhes! Também preciso contar como foi a experiência de comprar o vestido em NY e dar dicas das outras coisas que comprei, especialmente nos EUA. Prometo que publicarei tudo isso (um dia)!

Enquanto isso, compartilho com vocês algumas fotos do meu making of, pode ser? 



Meu amado vestido... My something new!


Itens da produção na janela.

Todos os sapatos da noiva centopeia!

Chinelinho Melissa do making of, sapato azul da cerimônia, Melissa da festa,
sapatos pretos da dança dos noivos e sapatilhas para os pezinhos cansados!


Esses anéis eu roubei ganhei da minha mãe! My something old
(os anéis, não a mãe)! 

O perfume escolhido: Eau demoiselle, Givenchy. Chique,
marcante e com um frasco lindo.

Sendo produzida pela queridíssima Paula Duarte.

O roupão da noiva.

O cabelo da noiva.

O batom escândalo.

Amo azul!

Luxo!

My something blue!












Os nomes das amigas solteiras na barra do vestido.

O arranjo de cabelo usado para prender o voilette (bird cage veil)
é da minha amiga Luiza. My something borrowed!

Fotos: o fantástico, o melhor, o incomparável, Emerson Correa.
Local: Chácara Aburá.
Cabelo e maquiagem: Paula Duarte.
Vestido: Fancy Bridal NY.

Espero que gostem!

Beijos!

sábado, 10 de novembro de 2012

Istambul - Lua-de-mel - parte 5

No dia 05/10, nosso terceiro em Istambul, conhecemos a cisterna da basílica pela manhã, fizemos o cruzeiro pelo Bósforo à tarde e, à noite, fomos ver os famosos dervixes rodopiantes (whirling dervishes) no Hodjapasha Culture Center. Trata-se de uma manifestação cultural de cunho religioso, em que os adeptos, chamados de dervixes (nome dado aos iniciados no Caminho Sufi) rodopiam ao som de músicas tradicionais. Os dervixes rodopiantes fazem parte da ordem Mevlevi do Sufismo, uma corrente do Islamismo surgida há cerca de 800 anos. 

Segundo consta, os sufis Mevlevi acreditam que através de rodopios infinitos é possível atingir o êxtase do amor universal. Li inúmeros depoimentos emocionados na internet: "uma experiência mágica"; "transcendental"; "observando os dervixes é possível meditar e entrar em contato consigo mesmo"...

Ao que tudo indica, eu consegui apenas entrar em contato com a minha ignorância e falta de cultura. Quase morri de tédio. Tudo começa com os avisos quanto à proibição de fotografar ou filmar, já que se trata de uma cerimônia religiosa (o que não impede que o negócio aconteça num teatro lotado de turistas pagando um precinho extorsivo). Também é proibido aplaudir. Pra mim não precisava nem pedir, mas o povo idiota aplaude assim mesmo, ignorando a mocinha que de vez em quando surgia segurando uma placa dizendo "NO APPLAUSE".

Depois, seguem-se longos 15 ou 20 minutos em que um senhor entoa um tipo de cântico que basicamente se resume à repetição ad infinitum das vogais "a" e "i". "AaaaaaaaaaaaaaaaaAAAaaAAAaaaAaaa... IiiiiIIiiiiiiIIIiiiIIIiii". Não sei exatamente em que momento o restante do pessoal de uma espécie de banda começa a tocar seus instrumentos. Só não peguei no sono porque estava super mal acomodada numa banqueta estreita, dura e alta (se despencasse dali ia me encontrar com Deus mais rápido que os dervixes).

Finalmente, os dervixes começam a rodopiar... Giram sem parar, com os braços erguidos e os olhos fechados, sem sair do eixo, vomitar ou desmaiar - o que é realmente admirável. Os mais experientes parecem nem ter pés, mas sim uma base giratória presa ao chão, de tão perfeito que é o movimento. Perecem aquelas bailarinas de caixinhas de música. Mas é só isso. Um grupo de homens usando saias brancas e chapéus estranhos, rodopiando por quase uma hora no mesmo lugar, ao som de vogais.

Perdoem-me os que consideram uma experiência extraordinária, mas a minha vontade era de gritar: "gente, o imperador está nu!", se é que vocês me entendem. Mr. Guerra, então, só faltou pedir o dinheiro de volta. Na saída, uma enquete num computador pergunta se os visitantes gostaram ou não do espetáculo. Mr. Guerra não hesitou em clicar no "não".

Basicamente é isso que você vê no vídeo abaixo, só que dura 1 hora irrecuperável da sua vida:


Beijos!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Istambul - Lua-de-mel - parte 4

Após a deliciosa visita à cisterna, almoçamos e voltamos para o hotel, onde nos buscaram de van para irmos até o local de embarque para um cruzeiro pelo Bósforo. O passeio é muito agradável e a vista é linda. Do barco se veem diversos pontos do lado europeu e também do asiático de Istambul.


Acho que não cheguei a comentar isso antes, mas essa viagem, justamente a de lua-de-mel, foi a primeira que eu fiz sem nenhum planejamento. Devido à correria com os preparativos para o casamento, não tive tempo de elaborar um roteiro, como gosto sempre de fazer. Não sou do tipo que parte para um destino com tudo absolutamente planejado, claro. Gosto de deixar espaços em aberto no dito roteiro para eventuais surpresas, dicas de moradores locais ou outros viajantes conhecidos durante a viagem, para gastar mais tempo num determinado lugar que eu me apaixone ao conhecer...


Mas um planejamento básico é sempre importante. Não gosto de guias de viagem, preferindo sempre as informações encontradas em blogs, fóruns e sites como o TripAdvisor, além de dicas de amigos. Fazendo essa pesquisa prévia, quase sempre é possível fugir de armadilhas pega-turista. E também dá pra descobrir as melhores opções de passeios, restaurantes e hotéis.


Dito isso, não vou nem recomendar o passeio de barco específico que nós fizemos (por sinal, nem me lembro o nome da empresa). Não porque tenha sido ruim, de modo algum. O barco era bom, o serviço foi de acordo com o esperado e o passeio é delicioso - desde que o dia esteja lindo como estava no dia em que fizemos o cruzeiro, não tem como não se divertir.


Porém, depois de retornar da lua-de-mel tive a oportunidade de ler relatos de outros viajantes sobre cruzeiros no Bósforo que parecem muito mais interessantes que o que nós fizemos, especialmente pela possibilidade de parar em alguns locais. E aparentemente alguns são até mais baratos do que nós pagamos. Recomendo a leitura desse post da Viajante Crônica, por exemplo.

Como eu não tive tempo de fazer essa pesquisa antes e Mr. Guerra não se anima muito a assumir esse papel, acabamos aceitando as dicas recebidas no nosso hotel. Foram boas, claro, mas certamente longe de serem as melhores.



Enfim, não importa se você escolher um barquinho a remo ou uma embarcação luxuosa, como diria o mineirinho, "ói... fei num é"! Fato que se pode constatar pelas fotos que ilustram esse post!


Beijos!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Istambul - Lua-de-mel - parte 3

Em nosso segundo dia em Istambul, saímos pela manhã para visitar a Cisterna da Basílica, também situada em Sultanahmet, região em que ficamos hospedados. É um passeio absolutamente imperdível (e rapidinho também).


É a maior das dezenas ou centenas de cisternas construídas em Istambul durante a época bizantina e se encontra perto da Hagia Sophia. Foi construída por ordem do Imperador Justiniano em poucos meses, no ano 532, utilizando 336 colunas romanas de mármore para sustentar o teto, procedentes de templos pagãos da Anatólia. Ocupa uma área de 9.800 m², com 140 m de comprimento, 70 m de largura e 9 m de altura, com capacidade para armazenar 100.000 toneladas de água! Caraca, maluco, é água que não acaba mais!

Fotos by Mr. Guerra.

Duas cabeças de Medusa compõem o cenário subterrâneo e aumentam a aura de mistério do lugar, já que não se sabe de onde as duas esculturas foram tiradas, e muito menos a razão de estarem na posição em que se encontram: uma de cabeça para baixo e outra de lado! A maior parte dos pesquisadores acredita que elas foram trazidas simplesmente para serem usadas como base de colunas. Explicação que, claro, não convence muita gente. Dos diversos mitos que circulam as cabeças de Medusa, vou contar o meu preferido. 


Medusa era uma linda jovem, orgulhosa de seus olhos negros e longos cabelos, que se apaixonou por Perseu, filho de Zeus. Bem, nós todos já sabemos que nunca foi uma boa ideia as mortais se apaixonarem por deuses gregos, mas naqueles tempos as moças ainda não tinham virado lenda e se arriscavam. Acontece que Athena, a tal deusa protetora da cidade que leva seu nome, também estava apaixonada pelo mesmo bofe. E deusas gregas ciumentas simplesmente não sabiam competir e já apelavam pra feitiçaria cruel e irreversível.

Athena transformou os lindos cabelos da rival Medusa em serpentes e, a partir daquele momento, qualquer pessoa para quem Medusa olhasse se transformava em pedra. Não bastasse essa tragédia que se abateu sobre a vida da moça (e você aí achando que já se ferrou por gostar do cara errado um dia), seu amado Perseu cortou-lhe a cabeça, aproveitando-se de seu poder para se defender de seus inimigos e desafetos. Graças a esse mito, as cabeças de Medusa eram colocadas viradas pelos bizantinos, a fim de evitar que quem lhes olhasse fosse transformado em pedra.

O povo faz fila pra tirar foto das cabeças de Medusa.
 Até hoje não registrou nenhuma ocorrência de turista transformado em pedra no local.

A cisterna foi utilizada até finais do século XIV, quando os Otomanos, que conquistaram Istambul em 1453 e curtiam mais água corrente do que parada, instalaram seu próprio sistema de abastecimento de água e abandonaram o gigantesco reservatório. Ele permaneceu esquecido por séculos, até ser redescoberto por P. Gyllius, um viajante holandês, por volta de 1500. Ele havia ouvido histórias de pessoas usando baldes para tirar água de buracos no porão de suas casas. O mais surpreendente é que os baldes vinham com peixes! Ninguém tem certeza de como P. Gyllius conseguiu acessar a cisterna. Presume-se que ele se contorceu através de um desses buracos. Logo as autoridades da cidade se envolveram no processo de restaurar os grandes pilares e colunas.


Mas foi somente entre 1985 e 1987 que, após a retirada de 50.000 toneladas de lama e a instalação de plataformas, a cisterna foi finalmente aberta para visitação, impressionando pessoas do mundo todo com sua admirável arquitetura, os peixes que voltaram a nadar em suas águas e, claro, as Medusas!

Até o agente 007 já deu uma passeadinha pela cisterna, que foi usada como cenário para o filme From Russia with Love, de 1963.


Beijos!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Istambul - Lua-de-mel - parte 2

Antes de me atirar nos relatos do casamento (doida para contar todos os detalhes), vou terminar de contar sobre a lua-de-mel, para manter uma certa lógica na sequência aqui, rs.

Acho que já comentei algo sobre o Best Point Hotel no post anterior. Bem localizado, em Sultanahmet, lugar que considero o melhor para ficar em Istambul. Aqui, algumas fotos da nossa suíte, feitas por Mr. Guerra (clique para ampliar):

Sim, a malinha explodindo ali no canto é a minha.

O cansaço da primeira noite mal dormida em razão do fuso horário passou quando chegamos ao terraço do hotel, onde é servido o farto café-da-manhã, com vista para o Mar de Mármara. Compensa totalmente os 5 andares de escada para chegar até lá. Recomendo que pessoas com dificuldade de mobilidade pesquisem muito bem os hotéis, pois a maioria, pelo menos em Sultanahmet, não tem elevador. Aliás, a ausência de rampas e elevadores na maior parte da cidade e nas principais atrações turísticas torna Istambul uma cidade meio difícil para pessoas com problemas dessa natureza.

Vista do terraço do nosso hotel, onde é servido o café da manhã.

Em nosso primeiro dia, conhecemos a famosa Hagia Sophia, ou Basílica de Santa Sofia. Ao contrário do que pode parecer, o edifício, construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul), não foi erigido em homenagem à Santa Sofia. Na verdade, Sophia é a transliteração fonética em latim da palavra grega para "sabedoria" (como bem sabem os apaixonados por filosofia, ou pelo menos quem leu "O Mundo de Sofia", rs). O nome completo da igreja em grego é "Igreja da Santa Sabedoria de Deus".



O lindo edifício foi a maior catedral do mundo por quase mil anos, até que a Catedral de Sevilha fosse completada em 1520. Construído por ordem do imperador bizantino Justiniano I, foi a terceira igreja de Santa Sofia a ocupar o local, as duas anteriores tendo sido destruídas em revoltas civis. 


Entre 1204 e 1261, a igreja foi convertida para uma catedral católica romana, durante o Patriarcado Latino de Constantinopla, após o saque da capital imperial pela Quarta Cruzada, retornando à sua função original até 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelo Império Otomano. O sultão Mehmed II ordenou que o edifício fosse convertido numa mesquita, removendo-se os símbolos sagrados e cobrindo diversos mosaicos com emplastro. Nesse período, adicionaram-se diversas características islâmicas - como o mihrab, o minbar e os quatro minaretes.


Ela permaneceu como mesquita até 1931, quando Kemal Atatürk, fundador da República da Turquia,  ordenou que fosse secularizada. Permaneceu fechada ao público por quatro anos e reabriu em 1935, já como museu. Não obstante, os mosaicos coloridos remanesceram emplastrados na maior parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da UNESCO em 1993 notou queda do emplastro, revestimentos de mármore sujos, janelas quebradas, pinturas decorativas danificadas pela umidade e falta de manutenção na ligação da telhadura. Desde então a limpeza, a telhadura e a restauração têm sido empreendidas. Os excepcionais mosaicos do assoalho e da parede, que estavam cimentados desde 1453, agora são escavados gradualmente.

É um lugar muito bonito, cheio de história e a visita com certeza vale a pena. 

Bem em frente à Hagia Sophia fica a Mesquita Azul (ou Mesquita de Sultan Ahmet), construída entre 1609 e 1616. É a única mesquita de Istambul que possui seis minaretes. Esse fato causou escândalo na época, pois as mesquitas deveriam ter no máximo quatro minaretes, exceto a mesquita da Caaba, em Meca, que tinha seis. O problema foi resolvido com a construção de um sétimo minarete na Caaba.




A Mesquita Azul, construída em um estilo clássico otomano, é um edifício de rara beleza. No local, havia um palácio construído pelos imperadores Bizantinos. Em 1606, o sultão Ahmed I, morrendo de invejinha da Santa Sofia, decidiu construir uma mesquita maior, mais imponente e mais bonita do que a antiga igreja.


O interior da mesquita foi revestido com azulejos azuis da cidade de Iznik. Na época da construção, Ahmed I, muito esperto, decretou um preço fixo para os azulejos, a fim de manter o custo da construção estável. Não há figuras no interior da Mesquita pois os muçulmanos não cultuam imagens.


Ao entrar na Mesquita é necessário tirar os sapatos, o que certamente justifica o aroma de chulé "ardido", nas palavras de Mr. Guerra. Não é permitido entrar de short, minissaia, bermuda, regata ou alcinhas. Eu estava com um vestido que cobre os ombros e cujo comprimento é um pouco abaixo dos joelhos, por isso só precisei cobrir os cabelos com um lenço que eu mesma havia levado. Quem pretende visitar o interior da mesquita com trajes inapropriados precisa usar lenços fornecidos pelos funcionários da mesquita. 

Visitamos também um edifício logo ao lado da Mesquita Azul, que é onde ficam os túmulos do Sultan Ahmed e sua família. As paredes internas impressionam pela riqueza de detalhes.

Nossa última visita foi ao Palácio Topkapi, e ao parque onde ele está localizado, que também fica próximo dos dois pontos anteriormente descritos. Topkapı significa "porta do canhão". O Palácio foi construído por Mehmet II, logo após a conquista de Constantinopla, em 1453, e foi a residência dos sultões por três séculos.







Atualmente o Palácio é dividido em várias salas de exposição com objetos de ouro, prata, cerâmica, miniaturas, roupas e relíquias sagradas para os muçulmanos, como os pelos da barba e a marca do pé do profeta Maomé. Sinto que posso utilizar a expressão "pelas barbas do profeta" com muito mais propriedade agora que estive junto a elas. Não temos fotos do interior das salas de exposição, porque não é permitido filmar ou fotografar.

À noite jantamos num dos inúmeros restaurantes com terraço com vista para o mar ou para a cidade em Sultanahmet e chegamos ao hotel esgotados. Embora os três pontos visitados sejam próximos uns dos outros, é tudo muito grande, caminhamos bastante. Logo conto mais!

Beijos!